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Catástrofe Contemporânea

Atualizado: 20 de out. de 2020

Imagem: Lola Ramos - projeto "Monstruosidades Diárias" (baseado na obra "O Grito" de Edvard Munch)

A fascinante “Catástrofe Contemporânea” (2015), escrita pelo semioticista e psicólogo social Caio Colombo, prende o leitor curioso no questionar verdades concebidas como absolutas. O que está por trás do discurso midiático do mundo capitalista em que vivemos?

Como nos tornamos escravos voluntários e mais um produto desse sistema perverso de relações? Longe de ser uma reflexão apaziguadora, as reflexões propõem um despertar para as armadilhas pós-modernas.

Inspirado pelo mundo líquido de Bauman e com temperos de Semiótica Psicanalítica, as análises dos discursos de Colombo convidam o leitor a ser ativo no processo de (des)construção, possibilitando um retorno com propriedade para analisar a “vida como ela é.” Nas palavras de Colombo: “As pessoas preferem viver como se ‘não houvesse o amanhã’ ao invés de aguardarem, sabiamente, as bem-aventuranças do Porvir – a paciência não é mais uma virtude; e sim, um defeito.”

A pressa, a velocidade e a rapidez encontram espaço para a (des)aceleração, onde o tempo para a reflexão promove a suspensão da realidade artificial. Uma leitura que é impossível de ser superficial: com maestria somos levados a olhar a realidade sob uma nova perspectiva. Por trás de um discurso consumista sobre a Felicidade e o Poder, Caio Colombo revela a atmosfera de Tânatos que domina todos os espaços.

Assustador e, ao mesmo tempo, libertador, o encontro com os temas da “Catástrofe Contemporânea” também é um questionamento sobre si mesmo no mundo pós-moderno. O não-dito do discurso ganha forma e cores aqui, onde o lado sombrio de um mundo construído de excessos se torna transparente.

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